Poster (Painel)
135-1 | IDENTIFICAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE FUNGOS FILAMENTOSOS ISOLADOS DE SEDIMENTOS DE MANGUEZAIS DO RIO DE JANEIRO
| Autores: | Ghizelini, A.M. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Santoro, E. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Pasqualette, L.B. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Martins, K.G. (UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste.) ; Mendonça-Hagler, L.C.S. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) ; Macrae, A. (UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) |
Resumo O ecossistema manguezal está constantemente ameaçado por atividades humanas, devido a suas características e localização, com pressões constantes oriundas dos processos de urbanização e industrialização, além das atividades de aquicultura, pesca e turismo. Estudos sobre a composição, a diversidade e compreender as interações ecológicas que influenciam e modelam a diversidade de fungos nos manguezais podem auxiliar no gerenciamento e no planejamento de ações para a preservação desse ecossistema tão ameaçado nos centros urbanos. Tendo em vista as carências do conhecimento e na tentativa de preencher algumas lacunas sobre a diversidade de fungos em manguezais brasileiros, o objetivo foi estudar a diversidade de fungos filamentosos isolados de quatro manguezais distintos do Estado do Rio de Janeiro (Duque de Caxias, Jequiá, Guapimirim e Restinga da Marambaia) e avaliar os fatores ambientais que influenciam a composição das comunidades fúngicas isoladas dos diferentes manguezais. Foi realizado o isolamento dos fungos filamentosos a partir do sedimento coletado em nove pontos casualizados em cada manguezal. A identificação dos fungos isolados foi realizada através de métodos convencionais e pelo sequenciamento da região ITS do rDNA, seguido da análise filogenética. As comunidades fúngicas de cada um dos quatro manguezais também foram comparadas e correlacionadas com fatores ambientais, como temperatura, salinidade, pH, textura, conteúdos de carbonato de cálcio e matéria orgânica e a presença e os valores de coliformes totais e termotolerantes. Os resultados revelaram uma rica diversidade total formada por 34 gêneros e 126 espécies distintas, majoritariamente pertencentes ao Filo Ascomycota. O manguezal localizado no município de Duque de Caxias apresentou a maior riqueza de espécies (67 spp.), seguido do manguezal localizado no Jequiá (55 spp.), em Guapimirim (35 spp.) e na Restinga da Marambaia (35 spp.). Espécies do gênero Penicillium e Aspergillus foram as mais abundantes em todos os manguezais. Somente algumas espécies foram comuns a todos os manguezais amostrados, ou seja, ao nível de espécies, cada manguezal apresentou uma comunidade muito particular. Os resultados mostram que as condições ambientais amostradas também foram diferentes. A composição das comunidades fúngicas foi distinta para cada manguezal, sugerindo que essas comunidades colonizam os sedimentos em resposta às diferentes condições ambientais registradas em cada um dos quatro manguezais. As diferentes pressões seletivas impostas em cada ambiente, provavelmente, são responsáveis por modificar a composição da comunidade fúngica, seja por propiciar condições favoráveis a certos taxa, seja por condicionar a existência de outros no manguezal. Palavras-chave: Diversidade, Fungos filamentosos, Manguezal, Ecologia |